quinta-feira, 12 de maio de 2011

Lençol sujo



Um casal de recém-casados mudou-se para um bairro muito tranqüilo. Na primeira manhã que  os dois jovens passavam juntinhos na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou, através da janela, em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado.
Alguns dias depois, novamente durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal. Passado um tempo, a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que outra vizinha ensinou?
O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
Pense nisso!
Tudo depende da janela através da qual observamos os fatos. Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa pra contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações. Olhe, antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo…
Em Mt 7:2-5 Jesus disse: “por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.
É muito mais fácil julgar que concertar,  apontar que compreender…
É muito mais fácil culpar alguém que assumir nossas próprias responsabilidades, virar as costas que amar de verdade, como Jesus amou, sem limites ou preconceitos…
Observar a trave que está em nosso olho, limpar a nossa janela é tarefa difícil, mas necessária. Dolorosa, porém libertadora…
Quando observamos as traves de nossos olhos percebemos que na realidade, por causa da trave, enxergamos muito pouco.
Somos cegos e não nos damos conta disso, deixamos de ver as belezas da vida e não vivemos com qualidade porque teimamos em conviver com uma maldita trave nos olhos…
Quantos preferem viver solitários ou irritados, insatisfeitos com a vida e com todos simplesmente porque se negam a observar  e a tirar suas traves!
Mudar é difícil e doloroso, mas é o único caminho para a libertação. Quando reconhecemos nossos defeitos e erros e humildemente buscamos o Senhor, quando nos colocamos a seus pés dispostos a mudar, Ele age com sua misericórdia e poder, liberando abundantemente sobre nós suas bênçãos.
Tens reparado demais nos defeitos e erros das pessoas que te cercam?
Eu te pergunto: qual é a trave que tem atrapalhado sua visão?
Alguém para você é irritante e intragável?
Qual é a trave que tem atrapalhado sua visão e distorcido a imagem do outro?
Suas janelas estão limpas? Ou melhor, seu coração está suficientemente puro para enxergar com amor e não com ódio?
Observe sua vida, seu coração. A vida é muito mais do que você tem vivido e aproveitado!
A vida é muito mais que nosso orgulho e arrogância!
Preste atenção numa coisa: na maioria das vezes, quando não falamos com alguma pessoa porque a achamos metida e orgulhosa, estamos passando à ela a mesma impressão. Certamente a outra pessoa te acha tão arrogante quanto você a acha.
Quando descemos de nosso pedestal temos a oportunidade de ver as pessoas como elas verdadeiramente são. Com erros e defeitos, mas com muitas qualidades e muita coisa boa para partilhar…
Tens vivido isolado e solitário? Qual é a trave que tem atrapalhado sua visão?
pense nisso…

Reveja seus relacionamentos, olhe para dentro de si mesmo, mude o que for necessário, viva o verdadeiro amor em sua vida e seja feliz!

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